Documentos revelam como se proteger e evitar amputações

É o pior pesadelo de todo homem.

Os casos de cancro do pénis estão a aumentar em todo o mundo e espera-se que aumentem uns impressionantes 77% nos próximos 26 anos, de acordo com uma nova investigação alarmante realizada por BBC.

O meio de comunicação britânico afirma que os casos na Alemanha aumentaram 50% entre 1961 e 2012, enquanto o Reino Unido também registou um aumento significativo.

“Embora os países em desenvolvimento ainda apresentem a maior incidência e mortalidade do cancro do pénis, a incidência está a aumentar na maioria dos países europeus”, declararam investigadores da Universidade Sun Yat-Sen, na China, após uma análise em grande escala envolvendo os dados mais recentes de 43 países.


Homens que apresentam secreção no pênis, mudança na cor do pênis ou mudança acentuada no desejo sexual devem consultar o médico, pois a detecção precoce é fundamental para evitar a amputação. Dragana Gordic – stock.adobe.com

O Brasil tem uma das taxas mais altas de câncer de pênis do mundo, atrás apenas de Uganda.

Entre 2012 e 2022, houve 21 mil casos notificados de câncer de pênis no Brasil, com 4 mil homens sucumbindo à doença.

Outros 6.500 homens do país foram forçados a ter seus apêndices amputados.

Os médicos brasileiros acreditam que as baixas taxas de vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) estão contribuindo para o aumento do número de casos.

Mauricio Dener Cordeiro, da Sociedade Brasileira de Urologia, afirma que o HPV é “um dos principais fatores de risco” do câncer de pênis.

“No Brasil, apesar da disponibilidade da vacina, a taxa de vacinação contra o HPV continua baixa para as meninas – chegando a apenas 57% – e para os meninos, não ultrapassa 40%”, disse ele à BBC. “A cobertura ideal para prevenir a doença é de 90%.”


Mauricio Dener Cordeiro, da Sociedade Brasileira de Urologia, diz que o HPV é "um dos principais fatores de risco" de câncer de pênis.
Mauricio Dener Cordeiro, da Sociedade Brasileira de Urologia, afirma que o HPV é “um dos principais fatores de risco” do câncer de pênis. Facebook/Dr.Maurício Cordeiro

Enquanto isso, outros médicos avaliaram o que fazer para reduzir o risco.

“Os fatores de risco estabelecidos também incluem sexo desprotegido, especificamente o não uso de preservativos, com a falta de higiene aumentando ainda mais os riscos”, disse o Dr. Neil Barber, líder clínico de urologia da Frimley Health NHS Foundation Trust, à BBC.

Ele disse que os casos também foram observados principalmente em pacientes não circuncidados.

Entretanto, outros médicos dizem que o envelhecimento da população também está a contribuir para o número de casos, uma vez que o cancro do pénis é mais comum em homens com mais de 60 anos.

Homens que apresentam secreção no pênis, mudança na cor do pênis ou mudança acentuada no desejo sexual devem consultar o médico, pois a detecção precoce é fundamental para evitar a amputação.

No entanto, apesar do aumento significativo nos diagnósticos em todo o mundo, os homens podem ficar relativamente tranquilos, uma vez que o cancro ainda é um dos mais raros.

Em Uganda, entre 2008 e 2012, a taxa de câncer de pênis foi de 2,2 por 100 mil homens, enquanto no Brasil foi de 2,1 por 100 mil homens.

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